Chakras





Os Chakras fazem parte de um conhecimento ancestral proveniente da Religião Única da Terra, mas têm a designação da tradição Indiana.
Segundo esta tradição os Chakras são como uma flor de lótus. Dentro da terra estão as raízes, o caule está na água e a flor está no ar recebendo a luz do Sol. Esta é uma ótima analogia à estrutura dos Chakras.
Eles têm suas raízes no corpo físico, representadas pelas glândulas endocrinas e órgãos. Os seus “caules” estão representados pelo sistema nervoso e pelos Canais e Meridianos do Corpo Etérico, e as flores estão no Plano Astral recebendo a energia do Universo.
Na tradição Indiana existem três tipos básicos de Sol ou fontes de Energia Universal: Sat, Tsit e Ananda. Ou seja Vontade, Consciência e Graça.
O Sol Sat ilumina os Chakras inferiores* e que se reflete nos planos inferiores de existência.
*(relativo à sua posição no corpo humano, já que cada um tem importância e funções específicas, fazendo parte do todo)
O Sol Tsid, é o Sol da Consciência e ilumina preenchendo com energia os Chakras “superiores”.
O Sol Ananda, nutre os Chakras médios com a Luz do Amor Divino.
Podemos considerar sete Chakras principais. Começando pela parte inferior do corpo temos: Muladhara, Swadhisthana, Manipura, Anahata, Vishudha, Adjna, Sahashara.
Cada Chakra tem as suas características e elemento associado.

MULADHARA- situa-se na região do cócixs. Está associado ao elemento Terra e todas as suas características, sendo responsável pelos sistemas esquelético e muscular. São essas as suas “raízes”.
A ele também estão associados os sentidos de gravidade e equilíbrio.


(4 pétalas): Força, Astúcia, Resistencia, Estabilidade

SWADHISTHANA – situado abaixo do umbigo. Está associado ao elemento Água. Nutre o sistema uro-genital e a pele. Tem relação com o tacto e a sensação de temperatura.
(6 pétalas): Juventude, Beleza, Encanto, Capacidade de comunicação, Idealização e Voluptuosidade.

MANIPURA – situado na altura do estômago, na região conhecida como Plexo Solar. Está associado ao elemento Fogo, nutrindo os órgãos do sistema digestivo e o sentido do paladar.
(10 pétalas): Atividade, Resistencia, Generosidade, Autoridade, Nobreza, Implacabilidade, Empreendimento, Astúcia, Estado de Alerta e Heroismo.

ANAHATA – localizado no centro do peito. Está relacionado com o elemento Ar. As raízes deste Chakra são a glândula timo, os pulmões e o coração. Associado ao olfato.
(12 pétalas): Bondade, Lealdade, Compaixão, Doçura, Suavidade, Veneração, Abnegação, Sinceridade, Abertura, Paciencia, Amor e Rigorosidade.

VISHUDHA – localizado na altura da garganta. Relaciona-se com o elemento Éter que é a união de todos os outros elementos. Essencialmente relaciona-se com a noção de espaço. As raízes deste Chakra são a tiróide e outras glândulas associadas e toda a região do pescoço. E está associado à audição.
(16 pétalas): Criatividade, Elegancia, Artisticidade, Inspiração, Entusiasmo, Elevação, Harmonia, Estética, Romantismo, Intuição, Intelecto, Eloquente, Diplomata, Conectabilidade, Lirismo e Capacidade de Sonhar.

ADJNA – localizado no centro da cabeça entre as sobrancelhas. Controla a noção de tempo. As “raízes” do Chakra são a glândula hipófise.
(2 pétalas): Conhecimento e Vontade

SAHASRARA – localizado no topo da cabeça. Controla a intuição e a Consciência.
(1000 pétalas)

Os Cakras podem se apresentar em três condições básicas: fechado, funcionais e aberto.
Diz-se que um Chakra se encontra fechado quando não recebe energia do plano a que está associado. Como não recebe esta informação, não expressa suas qualidades e o indivíduo não se interessa por esse plano de existência.
Se o Chakra começa a funcionar, então o indivíduo começa a expressar e se interessar por esse plano de existência. Começando a procurar informações, afinidades, atitudes e pessoas semelhantes, torna-se ativo nesse plano de existência.
Quando o Chakra se encontra aberto, o indivíduo recebe completamente a energia desse plano de existência e começa a criar.

Analisando especificamente o Muladhara, que controla o Plano Físico:
No estado fechado, o indivíduo é indiferente ao exercício físico, torna-se preguiçoso. Este tipo de pessoa têm, geralmente, o sistema muscular atrofiado ou pouco desenvolvido. Se o Chakra começa a funcionar, então, começa a brotar a necessidade de se movimentar. Nas crianças este é o primeiro Chakra que começa a funcionar, daí sua necessidade de movimento. É nesta etapa da vida que este Chakra é “programado”.
Mesmo depois de um período de tempo sem se movimentar, o indivíduo com o Chakra funcionando, sente necessidade de se movimentar, de se esticar. Isto significa que pouco a pouco o Chakra começa a funcionar. Quando o Muladhara funciona bem, o indivíduo sempre tem necessidade de se movimentar e fazer exercícios sistematicamente. Quando o Chakra está aberto, a pessoa controla completamente o seu corpo, sentindo-o completamente. Osho dizia que o sinal que este Chakra se encontra funcionando é a criação do estilo pessoal do indivíduo.

O próximo Chakra é o Swadhisthana, que controla as energias sexuais (Plano sexual). Se o Chakra se encontra fechado, a pessoa não tem interesse pelo sexo oposto. Pensa assim: “Eu sou um ser assexuado e o sexo não me interessa.” É indiferente a este plano de existência.
No programa da evolução este Chakra começa a funcionar durante a adolescência, quando surge o interesse pelo sexo oposto. O indivíduo procura literatura relacionada e, durante este período, expressa um grande interesse.
Se o Chakra está aberto, então a pessoa é atrativa, com charme, flexível. É muito fácil sentir se a pessoa tem este Chakra aberto, bastando estar próximo ou, simplesmente, olhando para a pessoa.

Manipura, o Plano Social. Se este Chakra se encontra fechado, a pessoa não se sente bem quando está próximo de outras pessoas. Normalmente, é envergonhada, fechada nos seus complexos. Não consegue contactar com outras pessoas, não gosta de multidões e tenta se isolar. E a razão deste comportamento não é que esteja profundamente fechado sobre si mesmo, simplesmente não sabe se relacionar com os demais.
Se o Chakra começa a funcionar, então, a pessoa se torna ativa no plano social. Procura se expressar de alguma maneira, podendo até se tornar um líder. Quando o Chakra começa a funcionar aparecem os sentimentos de noção de propriedade e, algumas vezes, também ganância e avareza. Mas, temos de entender que isto são expressões e que não devemos ter medo se elas aparecerem. Temos que procurar compreendê-las dentro de nós.
O próximo nível de funcionamento são os negócios. Normalmente, estas pessoas não são apegadas aos bens materiais. Elas apenas se expressam neste plano. Utilizam bons bens materiais, fazem investimentos, vivem neste plano, é este o seu mundo, mas não são apegadas a tudo isso. É apenas o seu meio de ação, onde expressam a sua criatividade.

Anahata é o Chakra do Plano Emocional e está bem desenvolvido nas pessoas religiosas, que entregam a vida ao serviço de Deus. No entanto, isto não significa que todos as pessoas religiosas tenham o Anahata funcionando bem, pois, podem estar ocultas muitas outras motivações. Mas, disto falaremos mais adiante.
Se o Anahata Chakra está fechado, a pessoa é “seca”, fria, sem sensibilidade para com o sofrimento alheio. Se funciona, então a pessoa é mais “suave”, “plástico” (com capacidade de aceitar), sente compaixão. Se o Chakra se abre, a pessoa se enche de gratidão. Mas, esse sentimento só pode ser compreendido quando experienciado.
Um homem que esteve nos campos de concentração de Stalin conta que todos eram forçados a fazer um trabalho muito duro, viviam em estábulos e a comida era muito ruim. Quando regressavam para dormir, muito cansados, as pessoas começavam a discutir e surgiam conflitos. Este homem sozinho se retirava e começava a rezar. Pouco a pouco, todos começavam a se acalmar, mesmo que, cada um tivesse dentro de si, um estado de dor, raiva, ódio, infelicidade.

O Vishudha Chakra está ligado ao Plano da Criatividade. São expressões do Vishudha a inspiração entusiástica dos artistas, pintores, poetas. São pessoas em que a honestidade se expressa através deste Chakra. Eles não estão apegados à sua obra, não criam por dinheiro. Criam porque este ato os preenche.
Talvez já tenha sentido durante a sua vida este mesmo estado de inspiração e entusiasmo, quando simplesmente queria criar alguma coisa. Cantar, pintar, independentemente do quê, como, onde e porquê, independentemente do resultado, simplesmente queria se expressar neste plano. É isto que mostra que o Vishudha começa a funcionar ativamente.
Aqueles que têm o Vishudha fechado não se interessam pela beleza, pela estética da vida. Estão muito ligados ao mundo material e não percebem a beleza. Se lhes disser “Olhe aquela linda arvore!” Eles dirão “O que posso fazer com isto? É um monte de madeira.”
Quando o Vishudha começa a funcionar, a pessoa começa a se interessar por música, literatura, pintura. As pessoas que têm este Chakra desenvolvido reagem muito à música devido à audição. Eles sentem e compreendem muito bem devido à sua sensibilidade. Com o Vishudha funcionando, então, a pessoa cria só pelo prazer de criar.

O próximo Chakra é o Adjna. O seu estado é a Vontade Concentrada. Se este Chakra está fechado, a pessoa não tem nenhum interesse por teorias ou meras informações. Podem até ter a capacidade de aceitar o mundo emocionalmente, como as pessoas de Vishudha ou Anahata, mas não lhes interessa o plano das teorias mentais ou da lógica.
Normalmente, são pessoas de mente estreita, que vivem somente através das emoções. Se o Chakra começa sua atividade, o indivíduo começa a se interessar por diversas teorias, percepções lógicas e filosofias, procurando livros e informações.
Quando o Chakra se abre, a pessoa se torna o próprio criador da teoria, divulgando o conhecimento mais elevado (Divino). Ela cria e atua. Pode alcançar conhecimentos profundos e intuitivos.
Um bom exemplo do Adjna aberto é o cientista Timothei Resovski. Leiam o libro “Byson”. Este homem expressava-se principalmente através do Adjna, ele não visava especialmente o resultado. Os pensamentos lhe chegavam e ele iniciava o trabalho sem qualquer apego ao resultado material, ou aos prêmios. Simplesmente terminava um trabalho e iniciava outro.
No entanto, encontramos outros autores em que sua maior fonte de energia é o Manipura, o Plano Social, o resultado do trabalho e o reconhecimento. Neste caso não podemos considerar que estejam se expressando através do Adjna.

Sahashara, Plano da Consciência, da intuição. O seu verdadeiro estado é a sabedoria intuitiva, a testemunha que observa e compreende. Descrever o Sahasrara é muito difícil devido a todas as estruturas mentais, pois todas terminam no nível do Adjna.
O Sahashara é o plano da comunicação superior e da intuição e sensibilidade. Sua expressão no mundo exterior é a capacidade de previsão. Se o Sahahara não está funcionando, a pessoa não tem nenhum pressentimento, nem compreensão da realidade através da intuição. Isto significa que ela pode aprender e transmitir conhecimento, mas, serão simplesmente palavras, não terá compreendido a verdadeira natureza e o sentido do que está transmitindo. Não conseguirá aplicar este conhecimento em sua vida. Será como uma máquina: aprendeu um programa e atua condicionada a ele, sendo impossível unir o conhecimento à ação.
Quando o Sahashara começa a funcionar, chega a intuição e é possível alcançar a consciência e, através de uma verdade simples, o indivíduo encontra o significado da existência. As pessoas com o Sahashara aberto são os grandes Yogis que têm o conhecimento elevado das Leis deste mundo.



Sahasrara, Corpo Nirvanico, Elemento Consciencia, Mantra Aum

Adjna, Corpo Karmico, Elemento Tempo, Mantra Ong

Vishudha, Corpo Mental, Elemento Éter, Mantra Hang

Anahata, Corpo Astral, Elemento Ar, Mantra Iang

Manipura, Corpo Vital, Elemento Fogo, Mantra Rang

Swadhistana, Corpo Etereo, Elemento Agua, Mantra Vang

Muladhara, Corpo Fisico, Elemento Terra, Mantra Lang